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Associações de pais pedem rápida resolução de situação de alunos sem notas

20 de julho de 2018 às 21:00

O Ministério da Educação anunciou hoje que a maioria dos alunos já tem as notas atribuídas e que faltam avaliar 07%.

As confederações das associações de pais dizem-se preocupadas por haver ainda alunos sem notas devido à greve dos professores e apelam à resolução das questões "de uma vez por todas".

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O Ministério da Educação anunciou hoje que a maioria dos alunos já tem as notas atribuídas e que faltam avaliar 7%.

Os professores iniciaram no início de Junho uma greve às reuniões de avaliação, que se mantém por decisão do recém-criado Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.), uma vez que as restantes estruturas sindicais terminaram o protesto na semana passada.

Ouvidas pela Lusa as duas confederações assinalaram que ainda são muitos alunos sem notas, cerca de 80 mil, e afirmaram-se preocupadas com a situação.

Jorge Ascensão, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), não colocou em causa o direito à greve, mas questionou se um sindicato minoritário pode estar a prejudicar as crianças e os jovens no direito à educação.

Da parte da Confederação Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) o presidente, Rui Martins, salientou a preocupação, mas também o apelo para que Governo e professores se entendam e resolvam "tudo isto de uma vez por todas".

"Continua a ser um número muito grande de alunos" sem notas, mas "se há tanto aluno por avaliar é porque muitos professores se sentem lesados e aderiram à greve", disse Rui Martins.

E acrescentou que, para evitar consequências no arranque do ano lectivo, é importante que haja entendimento entre Governo e professores, porque as divergências deviam estar resolvidas "há muito tempo".

O responsável condenou também a decisão do Governo, hoje conhecida, de permitir que os conselhos de turma possam, à segunda convocatória, reunir-se com um terço dos professores.

"Os pais estão muito preocupados, o nosso apelo é que os pais peçam a revisão da avaliação" porque um terço dos professores presentes é muito pouco, salientou.

Jorge Ascensão considerou que a situação é perturbadora, que cria insegurança, leva "muitas famílias" a procurar o ensino privado, e que os diferendos entre professores e Governo têm de ser resolvidos rapidamente, porque o actual momento "não traz nenhum benefício à escola pública".

O responsável vai mesmo mais longe, afirmando que há alguma "incompreensão até por parte de professores", e defendeu que devia ser revista a legislação, para que evitar situações idênticas no futuro de greves ´ad aeternum´ idênticas à que decorre actualmente.

"Quando se ultrapassa determinado limite as pessoas têm dificuldade em entender", disse, salientando que há intenção do Governo em negociar com os sindicatos e que a greve a continuar tem uma intenção de "criar perturbação".

"Estamos preocupados e esperamos que a situação seja rapidamente resolvida", disse Jorge Ascensão.

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