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Associação de Apoio à Vítima acompanhou mais de 11 mil pessoas em 2019

14 de abril de 2020 às 08:13

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima acompanhou em 2019 mais de 11 mil vítimas de crime, oriundas de 273 concelhos do país, dos 308 existentes, segundo o relatório anual hoje divulgado.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) acompanhou em 2019 mais de 11 mil vítimas de crime, oriundas de 273 concelhos do país, dos 308 existentes, segundo o relatório anual hoje divulgado.

Em 2019 a APAV registou 54.403 atendimentos que permitiram acompanhar mais de 11 mil vítimas.

As estatisticas apontam para um total de crimes e outras formas de violência a ultrapassar a faixa dos 29 mil, tendo-se registado um aumento de cerca de 40% do total face a 2018.

A maioria dos crimes assinalados diz respeito aos que são contra as pessoas (95,9%), com especial relevo para os crimes de violência doméstica (79%).

Mas a APAV realça também os crimes contra o património que, em 2019, representaram 1,8% do total assinalado pela associação.

Segundo o relatório anual da APAV os atendimentos foram feitos nos serviços de proximidade da associação, designadamente nos Gabinetes de Apoio à Vítima, Linhas de Apoio (Linha de Apoio à Vítima e Linha Internet Segura), Redes Especializadas e Casas de Abrigo.

A maioria das vítimas continua a ser do sexo feminino (80,5%), com idades entre os 25 e os 54 anos (36,6%) e em termos académicos, tendo em conta os dados que foi possível recolher, o ensino superior (6,3%) apresentou-se como o grau de ensino mais referenciado, seguindo-se o ensino secundário (4,6%).

Os principais canais de acesso à associação continuam a ser os Órgãos de Polícia Criminal (19,6%), bem como os amigos/conhecidos e vizinhos (14,8%), além da própria vítima.

A procura faz-se através de contactos telefónicos (57,4%) e presenciais (29,6%).

As 11.676 vítimas assinaladas em 2019 foram alvo de 11.836 autores e destes cerca de 66% eram do sexo masculino e tinham idades entre os 35 e os 54 anos (18,2%).

Os dados estatísticos, segundo a APAV, permitiram ainda apurar que as relações de intimidade (45,4%) entre autor do crime e vítima foram as mais encontradas.

O tipo de vitimação continuada precalece e os locais do crime mais referenciados para a ocorrência da vitimação foram a residência comum (51,2%), a residência da vítima (16%) e o lugar/via pública (12,1%).

Ainda de acordo com os dados recolhidos em cerca de 42% das situações foi formalizada queixa/denúncia junto de pelo menos uma entidade policial.

A Associação Portuguesa de Apoia à Vítima celebra este ano os 30 anos de existência, durante os quais apoiou 330 mil pessoas.

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