Secções
Entrar

Alunos da Escola de Dança mudam-se provisoriamente para ISEL

09 de janeiro de 2018 às 14:43

Devido à degradação das instalações da escola, alunos e funcionários da Escola Superior de Dança vão abandonar o edifício do Bairro Alto e passar a ter aulas no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.

Os alunos e funcionários da Escola Superior de Dança, do Instituto Politécnico de Lisboa, vão abandonar o edifício do Bairro Alto e passar a ter aulas no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.

1 de 7
Foto:  Pedro Simões
Foto:  Pedro Simões
Foto:  Pedro Simões
Foto:  Pedro Simões
Foto:  Pedro Simões
Foto:  Pedro Simões
Foto:  Pedro Simões

Na segunda-feira, estudantes e professores da Escola Superior de Dança (ESD) manifestaram-se contra a contínua degradação das instalações da escola, que funciona desde os anos 90 num palácio secular do Bairro Alto, e que dizem pôr em causa a segurança e higiene de quem ali trabalha.

Hoje, o presidente do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL), a directora da ESD e a secretária de Estado do Ensino Superior reuniram-se e decidiram "transferir, provisoriamente, o funcionamento da ESD para o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa", revelou à Lusa o presidente do IPL, Elmano Margato, num curto comunicado de imprensa hoje divulgado.

Entretanto, o IPL vai entregar "na Direcção Geral do Ensino Superior o programa preliminar relativo à construção de um novo edifício para a Escola Superior de Dança", que será construído no Campus de Benfica do IPL.

O presidente do IPL volta a reforçar a ideia de que a construção do novo edifício só é possível com a receita da venda do Palácio do Marquês de Pombal, onde funciona actualmente a ESD.

"O calendário de construção do novo edifício, depende da abertura do Concurso do projecto e empreitada e das autorizações necessárias, emitidas pelas entidades competentes, previstas na lei", acrescenta o presidente.

Na segunda-feira, alunos, professores e funcionários queixaram-se da falta de condições daquele espaço que foi sendo adaptado a uma escola de dança.

Há zonas onde partes do tecto já caíram, há casas de banho em que em vez de portas há cortinas a esconder as sanitas e a maioria das salas de aulas é muito fria porque nos estúdios não há regulação da temperatura ambiente, as janelas não fecham e o sistema de aquecimento está avariado.

No átrio, que funciona como sala de espectáculos, já não há apresentações, porque o sistema eléctrico é demasiado perigoso.

"Há dias em que os professores têm de tirar a água das salas com baldes. Temos fungos e humidade. Temos ratos e baratas. Os últimos espectáculos dos alunos foram cancelados por motivos de segurança", contou à Lusa Beatriz Dias, da associação de estudantes.

"Este é um edifício antigo que foi adaptado. Não foi construído de raiz", sublinha a presidente da escola, que também foi aluna da ESD, que actualmente conta com quase 200 alunos, entre estudantes da licenciatura e de mestrado de ensino.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela