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Cinco funcionários da Segurança Social acusados em processo de corrupção

13 de março de 2018 às 14:21

O processo está relacionado com a atribuição do número da segurança social a cidadãos oriundos sobretudo da Índia, Paquistão e Bangladesh.

O Ministério Público (MP) acusou 23 arguidos, incluindo cinco funcionários da Segurança Social, num processo de corrupção relacionado com a atribuição do número da segurança social a cidadãos oriundos sobretudo da Índia, Paquistão e Bangladesh.

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Foto: Pedro Elias / Jornal de Negócios
Foto: Cofina Media
Foto: Tiago Sousa Dias / Correio da Manhã

Na página da Internet, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) adianta que o MP requereu o julgamento, em tribunal colectivo, dos 23 arguidos pelos crimes de corrupção passiva agravada, corrupção activa, abuso de poder, acesso ilegítimo, falsidade informática e detenção de arma proibida.

Segundo a PGDL, "está suficientemente indiciado" que os cinco funcionários da Segurança Social dedicaram-se, entre Janeiro de 2015 até 27 de Junho de 2017, a criar números de identificação da Segurança Social (NISS) para cidadãos estrangeiros, sobretudo oriundos de países indostânicos, ou seja, países como Índia, Paquistão e Bangladesh, a troco do pagamento de quantias monetárias.

Para o efeito, refere o MP, angariaram intermediários que estabeleciam o contacto entre os estrangeiros que precisavam de NISS para a sua legalização e os funcionários da Segurança Social, auferindo também tais intermediários das vantagens económicas.

A PGDL indica também que pelo menos um dos funcionários cedia informação sobre contribuintes a um escritório de solicitadoria, a troco de pagamento de quantias em dinheiro.

A PGDL sublinha que foi requerida a perda do produto do crime num valor superior a um milhão de euros.

Cinco dos 23 arguidos encontram-se sujeitos às medidas de coação de suspensão do exercício de funções, proibição de se ausentar do país, obrigação de se apresentarem no posto policial mais próximo da residência e proibição de contactos com os restantes arguidos.

O inquérito foi dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

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