Sábado – Pense por si

Rui Hortelão
Rui Hortelão Director da SÁBADO
14 de agosto de 2014 às 14:23

Sabe que eu sei que você sabe que eu sei

O caso BES é em tudo distinto do caso BPN, mas começa – pelo menos na forma de gerir a informação, de lidar com os portugueses e, provavelmente, de os proteger de futuras surpresas negativas – a ter cada vez mais semelhanças

Ricardo Salgado deu o primeiro aviso horas depois de Carlos Costa liquidar o Banco Espírito Santo: “quando o tempo e o contexto permitirem” vai pronunciar-se sobre “a queda abrupta do valor do BES e a consequente intervenção do Estado”. Dias depois, Henrique Granadeiro, um amigo de longa data dos Espírito Santo, demite-se da PT e despede-se com um recado dirigido aos que sabe poderem entendê-lo para lá da frase: “Convivo bem com os meus actos, mas não com os encargos e as responsabilidades dos outros.”

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.