Há quem se canse de estar bem e crie problemas onde eles não pediram para estar. Inventam-nos, talvez por falta de assunto, talvez por falta de sono. Arquitectam dificuldades, para depois as demolirem e sentirem que cumpriram uma missão. É uma afronta à vida, como se ela não fosse capaz de arranjar problemas de sobra.
VAI-SE A VER e o resumo da vida talvez seja resolver problemas. Todos os dias há um nó para desatar, um telefonema, um email que incendeia o dia, alguém que nos diz uma coisa qualquer que desordena o sossego e que faz com que projectemos uma série de variáveis na cabeça; e quando damos por isso, chegamos à conclusão de que afinal temos mais problemas em mãos para além daquele que estamos a resolver. Um assunto da casa que tem de ser resolvido, o carro que está a precisar de trocar sabe-se lá o quê, problemas que herdamos de alguém, papéis que precisam de ser entregues em sítios que só por si são um problema, um exame que tem de ser feito porque há ali um sintoma que não era para haver. Pomos cabeça e mãos à obra para dar a volta ao assunto, esgotamos hipóteses, pensamos nas múltiplas – ou poucas – saídas, e no fim, se tudo correr bem, resolvemos. Os que sabem mais do que nós, acumulam até terem uma dose considerável de problemas e, aí sim, encetam a jornada preparados para que esse dia seja exclusivamente dedicado à nobre arte de resolver. Concentrar problemas num só dia não é criar um problema maior, é chamá-los à razão e explicar-lhes que a partir daqui somos nós a tomar conta do assunto; já bem basta que tenham tomado conta de nós sem aviso prévio.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.