Portugal é mais rico e desenvolvido nos dias que correm do que foi em todo o período dos Descobrimentos. Mesmo fazendo a comparação com outros países europeus, este facto permanece intocável. No entanto, são poucos os portugueses, dos mais deprimidos aos mais optimistas, que não invocam o tempo das Descobertas de forma saudosa. Os políticos têm contribuído activamente para esta realidade e a verdade é que, à parte Antero de Quental – para quem a época dos descobrimentos estava relacionada de forma directa com a decadência do País – e Alexandre Herculano – que tentou realçar a formação do reino na Idade Média como o período de ouro –, são raríssimas as vozes desalinhadas do discurso comum.

As riquezas que temos

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