NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Parecia que o que se estava a passar era culpa de Lula, e o resultado é que, mesmo jurando a pés juntos que condenavam o assalto dos bolsonaristas, na prática o seu alvo principal era o Presidente eleito.
Existem muitos traços em comum entre a nova extrema-direita e a velha, mas se as metemos no mesmo saco, não percebemos que as diferenças são relevantes. Igualmente a nova extrema-direita pode ser combatida como a antiga, mas sem percebermos o que a faz nova perdemos eficácia nesse combate. Os casos muito semelhantes dos EUA e do Brasil, pesem embora as enormes diferenças entre quase tudo nos dois países – riqueza, pobreza, classes sociais, mobilidade social, economia, geografia, história –, mostram a ascensão de uma extrema-direita dentro do sistema partidário, o pulular de grupos extremistas, a duplicidade face ao jogo democrático, participação eleitoral mas negação da validade dos resultados sempre que lhes são desfavoráveis, desprezo pelas leis quando atingem os “nossos” (família Trump ou Bolsonaro) e actos persecutórios quando os alvos são os adversários (Lula, Hillary Clinton, Hunter Biden), utilização muito inteligente e profissional dos órgãos de comunicação para os de cima, mas também para os de baixo (o papel da rádio, por exemplo, é muito importante nos EUA e no Brasil), a corrida às armas como afirmação de autonomia e identidade, linguagem radical e violência, uso extensivo dos novos meios como as redes sociais, fabricação de notícias, a guerra cultural com censura e banimento, o anti-intelectualismo, ligação com grupos religiosos como os evangélicos, mas acima de tudo o investimento no populismo total a partir destes meios, formas e conteúdos. O sucesso da nova extrema-direita vem de ser “popular”, igualitária, demagógica nas urnas, voltada para o voto, mas hostil aos procedimentos da democracia. Lá como cá. Os “especialistas” que na televisão portuguesa...
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.