Para ser presidente de um grande clube de futebol em Portugal, é necessário preencher certos requisitos. Antes de mais, exigem-se um desprendimento vocal íntimo da charlatanice e uma convivência com a mentira próxima da sociopatia. O presidente de clube português (PCP) é uma mistura de empresário têxtil dos anos 80, comerciante de banha da cobra, cacique municipal, general africano e profeta islamita. Tem os escrúpulos do empresário, a lábia do comerciante, a manha estratégica do cacique, a mão -de -ferro do general e o fervor proselitista do profeta. Chegar a PCP, sobretudo nos "3 grandes", é também a melhor forma de alcançar a inimputabilidade. Os recentes casos judiciais que envolvem Luís Filipe Vieira podem abrir uma nova etapa histórica, mas são, por ora, enganadores.

Os inimputáveis

• +