Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
19 de setembro de 2021 às 10:00

O valor de um Da Vinci

Em última análise, o valor quantitativo de uma obra-prima – ou de um intragável desastre – depende apenas e só do cheque que alguém está disposto a pagar por ela.

EXISTE ALGO COMO o “valor real” de uma peça de arte? Orson Welles dizia que a realidade “é a escova de dentes, o cheque com o salário e uma sepultura”. Nada há de mais falso do que o preço de um trabalho artístico. The Lost Leonardo, um novo documentário, relança um debate tão antigo como a usura, a propósito do caso de Salvator Mundi, o óleo sobre tela de Leonardo da Vinci vendido em 2017 num leilão da Christie’s de Nova Iorque por 381 milhões de euros, a maior verba jamais despendida por uma obra artística – presume-se que o quadro estará na casa de banho do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, o déspota Mohammad Bin Salman. Há apenas um pormenor: ninguém sabe se Salvator Mundi é um embuste.

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