Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
01 de outubro de 2019 às 09:00

Frank & Debbie

A música pop está para a paixão como a arquitectura está para o amor. Por regra, são histórias de amor ou paixão que começam estas coisas. E as acabam. Debbie e Chris Stein. Frank e Mamah Cheney. A primeira terminou em psicodrama. A segunda, em tragédia. Mas, pelo meio, ambas inventaram o futuro

Em Rattlesnakes, dos Lloyd Cole and the Commotions, a heroína da canção, Jodie, "parece a Eva Marie Saint de Há Lodo no Cais" e lê Simone de Beauvoir. Quando escreveu a canção há 35 anos – parece que foi ontem, nenhum de nós está a caminhar para novo –, Cole nunca tinha lido Beauvoir. Mas rimava bem. Por vezes, é o que basta. Por vezes, não. Quando engendraram Rapture em 1980, Chris Stein e Deborah Harry, guitarrista e vocalista dos Blondie, abriam os anos 80 lançando o hip-hop para o comboio do progresso e rindo a caminho do banco. O teledisco mostra Debbie a mover-se como só ela sabia, de top preto e calções cinza, em rap digno dos precursores Sugarhill Gang (mas que estes ainda não tinham libertado do gueto). Em 1974, Debbie estava nervosa enquanto actuava em palco com a sua girls band, The Stilettos.

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