Na próxima semana, o mundo hiperdigital, supraglobal e megacosmopolita aterra em Lisboa como um óvni vindo da constelação de Cassiopeia. De acordo com a mitologia grega, Cassiopeia foi transformada pelos deuses num manto de estrelas pela sua soberba, ficando obrigada a olhar para baixo por toda a eternidade
Na próxima semana, o mundo hiperdigital, supraglobal e megacosmopolita aterra em Lisboa como um óvni vindo da constelação de Cassiopeia. De acordo com a mitologia grega, Cassiopeia foi transformada pelos deuses num manto de estrelas pela sua soberba, ficando obrigada a olhar para baixo por toda a eternidade. Apesar do peso folclórico de uma iniciativa que envolve 50.000 conferencistas de 165 países, onde se incluem o ex-futebolista Rui Costa e a supermodelo trans- género Andreja Pejic, a maioria dos participantes na Web Summit está habituada a olhar para cima, para a alada inspiração dos seus sonhos e uma galáxia de orçamentos estratosféricos. Chega a um País que, durante 4 dias, fingirá ser moderno, empreendedor e cosmopolita. Ninguém nega que as nações lusitanas de 1974 e a de 2014 estão tão distantes como o Sol de Alfa Centauro; entre as 66startupsnacionais escolhidas comoroad-showda nossa massa crítica, há casos notáveis de iniciativa e engenho: e a Lisboa do eixo Baixa-Chiado-Expo não desmerece de Berlim ou Barcelona. Mas 5ª feira à noite, quando as cadeiras da MEO Arena forem arrumadas e as mangueiras lavarem o asfalto exausto da Rua Cor-de -Rosa, voltaremos aos pedintes do Intendente, aos desempregados da Conde Redondo, ao sistema bancário que cobra comissões e nega créditos às mesmíssimas empresas que simula apoiar na Web Summit e ao torpor de um País de negócios dependentes do Estado, pancadinhas nas costas, 55% de analfabetos funcionais, buracos negros a mais e empreendedores a menos.
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A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.