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José Pacheco Pereira
A lagartixa e o jacaré

A propósito do fim do Diário de Notícias

01-07-2018 por José Pacheco Pereira 576
Os jornais vivem obcecados com os jovens que não lêem jornais e se os lêem é quando deixam de o ser. Enganam-se com a ilusão de que assim estão a conquistar os leitores do futuro, o que é a coisa menos certa que há. No entretanto, perdem os do presente
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1. Existe para aí um lugar-comum, muito repetido pelos deslumbrados da tecnologia, que um jornal migrar do papel para os ecrãs é um processo de "modernização" desse órgão de comunicação. Não é. É um empobrecimento, e uma mudança qualitativa que não é líquido que seja para melhor. As vantagens do online surgem noutras áreas, mas não substituem a necessidade do papel.

2. Comecemos por uma evidência que é preciso estar sempre a repetir: não lemos da mesma maneira no papel e no ecrã. Há um valor na dimensão física do espaço em que lemos, em particular para a maioria da população que não vê bem a partir de uma certa idade, porque os nossos sentidos têm limites objectivos, mesmo nos que têm olhos de águia. Não lemos certas coisas, não ouvimos certas coisas, não cheiramos certas coisas e por aí adiante. Há muitos mecanismos de manipulação deste espaço físico que respira melhor com as limitações dos nossos sentidos, como o folhear que o ecrã não reproduz de forma satisfatória, mas há também um tempo de leitura lento que se perde, assim como um encolhimento do espaço visual da página, logo do texto e da sua fluidez.

3. Não é preciso recitar o mantra habitual sobre o modelo de negócios, as mudanças no financiamento pela publicidade, e a crise nas vendas das bancas, porque ela é enganadora ao sugerir-nos apenas estas causas. A crise dos jornais em papel é em primeiro lugar uma crise do tipo e da qualidade do jornalismo, que já vem de antes do aparecimento do mundo da Internet, que vai das direcções aos editores (talvez o elo mais frágil das redacções) e por fim aos jornalistas, em que a precariedade do trabalho faz cobrar um preço em termos de preparação, mas acima de tudo de condição profissional e ética.

4. Esta crise que já vinha antes, mais nítida no jornalismo das rádios e das televisões, com o crescendo do entretenimento, existe também nos jornais e agrava-se com a própria incapacidade de fazer jornais complementares do online, com outros temas, outros mecanismos, outra escrita, com redacções mais pequenas mas mais especializadas e acima de tudo servindo os leitores reais e não os imaginários. Por exemplo, os leitores reais são mais velhos, os jornais vivem obcecados com os jovens que não lêem jornais e se os lêem é quando deixam de o ser. Enganam-se com a ilusão de que assim estão a conquistar os leitores do futuro, o que é a coisa menos certa que há. No entretanto, perdem os do presente.
5. A perda de contacto do actual jornalismo com a realidade é vasta. Há um enorme reducionismo social ao mundo urbano, e, no mundo urbano, a certos fenómenos muito acantonados etária e socialmente. O resto do mundo fica de fora, isso inclui, por exemplo, o mundo do trabalho, dos transportes, da habitação, da educação, da insegurança urbana, do crime. Depois admiram-se que o Correio da Manhã se aguente muito melhor em banca.
6. É muito mais provável que um jornal se dedique a falar do casamento homossexual do que do divórcio, do que se passa nas lojas da moda de arquitectura e nos restaurantes de culto do que do papel dos padres nas aldeias, ou da condição operária ou camponesa. O mundo de Pedrógão foi descoberto por via da tragédia, mas já lá estava antes. Quando os jornais tratam de assuntos não urbanos, nem da agenda restrita da política, da sociedade, da comida ou das festas, a aproximação tende a ser folclórica e "típica" no pior sentido. Há claramente um excesso de espaço para determinadas formas de cultura demasiado na moda e pouco substantiva, sem peso, nem lastro, com um tom muito acrítico nas páginas culturais, cheias de "revelações" e "novidades", que passado um ano ou dois desapareceram. É como com as startups. Devia haver um escrutínio regular do que se apresentou um ou dois anos antes, e aí percebe-se muito bem o critério muito superficial e nalguns casos grupal e de amiguismo das escolhas.

7. O papel e o online devem ser genuinamente complementares e não competitivos. Na verdade, há até uma vantagem no online de "libertar" do papel tudo aquilo em que ele é melhor, como, por exemplo, o diferente tempo das notícias, beneficiando e muito aquilo em que o papel é melhor. Mas para isso devia haver redacções complementares trabalhando as notícias de forma diferente. A crise de qualidade do jornalismo é aliás comum aos jornais em papel e ao online, afectando a função e a necessidade dos jornais e dos jornalistas num processo de deterioração dos mecanismos fundamentais de formação da opinião pública numa democracia.
Essa crise é, aliás, um dos aspectos centrais da deterioração dos mecanismos democráticos e por isso é de maior importância cívica, em particular se não queremos ser mandados por governantes autoritários e prepotentes, mesmo que eleitos por esmagadoras maiorias. Por uma razão muito simples, é que a democracia não é apenas o voto, mas o primado da lei e o exercício da opinião, no seu estado mais importante, o da crítica. E sem jornais e jornalismo, sem liberdade académica, sem direitos sociais, sem autonomia pessoal e liberdade, coisas que costumam entrar em crise juntas, a democracia perde-se ou estraga-se muito.

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