Sábado – Pense por si

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto
08 de junho de 2018 às 09:00

Quando a segurança e a liberdade colidem

Os países estão a adoptar medidas administrativas para impedir a viagem de combatentes terroristas estrangeiros. Algumas colidem com direitos humanos. Era bom que se falasse nisso.

Há cerca de seis anos, quando a primeira vaga de jihadistas começou a viajar para a Síria, as autoridades europeias não demonstraram grande preocupação. Pelo contrário. Nessa altura, entre 2012 e 2014, estes "combatentes estrangeiros" eram então vistos como uma espécie de libertadores, voluntários que viajavam para o Médio Oriente para lutar contra o regime opressor de Bashar al Assad. Na época, países como a França, Reino Unido e Estados Unidos apoiaram publicamente os então designados "grupos rebeldes" com armas, dinheiro e  informações. Mais do que isso: como muitos deles tinham antecedentes criminais ou evidenciavam já sinais de radicalização, a partida destes "combatentes estrangeiros" era até bem vista pelos responsáveis dos serviços de segurança ocidentais que, informalmente, admitiam que os seus países ficavam mais seguros sem esses "elementos indesejados". 

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