Tenho visto o gesto aqui do café. Hoje existe, para uma certa forma de comentarismo de tribuna, de salão e de paginola virtual, uns certos inimigos a abater: os afectos. Os terríveis afectos. Que medo deles. É aqui que essa sofisticadíssima modalidade de pensamento, versada nos mais inacessíveis manuais de ciência política, se encontra: tudo o que é amabilidade deve andar fora da política. Tudo que é humano gesto no plano público é espúrio, desnecessário e nefasto. Aqui, entre chávenas vazias, pergunta-se: mas qual é o mal de as pessoas serem bem tratadas e acarinhadas?

Morte aos afectos

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