Sábado – Pense por si

Margarida Davim
Margarida Davim Jornalista
30 de maio de 2023 às 20:00

Fora do jogo

O pobre é aquele que primeiro sente na pele qualquer mudança política. Depende da escola pública, do SNS, dos transportes públicos e dos apoios sociais. E, no entanto, é o primeiro a desistir de escolher.

Como pode um punhado de gente no topo da pirâmide pesar mais do que a base onde está a maioria? A pergunta pode parecer um contrassenso, quando é de votos que se fala, porque na democracia somos, em tese, todos iguais. Mas há um dado que me sobressalta enquanto vejo as notícias sobre as eleições espanholas e descubro no El Diário um trabalho sobre como a abstenção é tanto maior quanto mais pobre o bairro de quem vota.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.