AUSENTE DA PÁTRIA por razões de força menor, tinha à minha espera horas infindas de debates televisivos para ajudar na cura do jet lag. Não foi tempo perdido: da esquerda à direita, e com a excepção do meritório Rui Rocha, comprovei sem surpresa o esgotamento das lideranças partidárias, que fizerem o frete com caras de enterro e repetiram as respectivas cartilhas com o entusiasmo próprio de quem vai dentro do caixão. Que ninguém queria eleições, eu entendo. Que todos temem os resultados de Maio, também. Mas não foram os portugueses que pediram a incumbência. Se os líderes partidários não se dão ao trabalho de disfarçar melhor, a abstenção de 2024, algures nos 40%, não passará de uma memória feliz.