Sábado – Pense por si

João Pedro George
João Pedro George
19 de setembro de 2018 às 09:00

Eduardo Lourenço

O pensamento de Lourenço organiza-se em torno de duas ideias. A primeira não é verdadeira e a segunda não é original. O mestre de Vence tornou-se numa espécie de porta-voz do status quo e num senador das letras, investido das funções cardinalícias de administrador não executivo da Gulbenkian

A melhor maneira de cair no amolecimento intelectual e de contribuir para cristalizar as ideias feitas e os lugares-comuns é deixar-se levar pelo entusiasmo acrítico e pela admiração sem reservas. Nos últimos anos, sempre que vem à baila a obra de Eduardo Lourenço, parece que toda a gente, tanto à direita como à esquerda, mergulhou numa panela de clorofórmio. Porque, em boa verdade, Eduardo Lourenço pode ser reivindicado por ambos os lados do espectro político. Tanto assim que o mestre de Vence se tornou, hoje, numa espécie de porta-voz do status quo e num senador das letras, investido das funções cardinalícias de administrador não executivo da Gulbenkian.

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