A subida de patamar da agressão de Putin na Ucrânia já estava a ser difícil de ignorar. As violações do espaço aéreo NATO foram o sinal para um despertar que deveríamos ter sido nós, europeus, a antecipar. Putin anotou, Trump assobiou para o lado
Os drones russos a violar espaço aéreo NATO (21 na Polónia, pelo menos um na Roménia) sinalizaram a subida de patamar da ameaça e da provocação de Putin sobre o flanco Leste da Europa. O que ganhou o presidente russo com isso? Confirmou que ainda não estamos preparados para responder a um verdadeiro ataque maciço de drones russos, ao contrário do que os ucranianos estão há tanto tempo. A operação "Sentinela de Leste", o "Muro de Drones" promovido pelo comissário europeu da Defesa Kubilius e o projeto polaco-ucraniano de defesa anti-drone foram reações apresentadas nos dias seguintes. São importantes, são necessárias. Mas ainda escassas para a dimensão do desafio e, acima de tudo, revelam que, por enquanto, ainda só conseguimos agir em reação. Teremos todos, como europeus, que ser capazes de agir por antecipação. Há uma nova arquitetura de segurança a construir, para responder a duas ameaças simultâneas: a agressão imperialista russa a leste e a hostilidade ideológica e retórica da Administração Trump (o Presidente dos EUA assobiou para o lado na questão dos drones russsos), a oeste. Continuar a desvalorizar ou até ignorar só adiará o problema. Quanto mais tempo passar, Putin sentir-se-á empoderado a explorar as nossas vulnerabilidades. Só será travado se sentir que, do nosso lado, há união, coesão e, sobretudo, força. Força real, articulada e capaz de dissuadir quem, do outro lado, a queira usar contra nós. Os exercícios Zapad (Oeste), realizados por russos e bielorrussos nos dias seguintes, lembraram-nos que vontade de exibir prontidão não falta na barricada do agressor.
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Importa que o Governo dê agora um sinal claro, concreto e visível, de que avançará rapidamente com um modelo de assessoria sólido, estável e devidamente dimensionado, para todos os tribunais portugueses, em ambas as jurisdições.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.