Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
25 de fevereiro de 2022 às 08:00

Putin, o homem da bala dourada

O homem que, desde sempre, assassina jornalistas que se limitam a fazer o seu trabalho, é um assassino. O homem que encarcera os seus adversários, quando não os elimina, é um ditador torcionário.

O desprezo de Putin pela democracia é conhecido. O homem que montou a fantochada da rotatividade no poder entre ele e Medvedev, mudando a constituição e o sistema eleitoral, até se tornar num inamovível imperador, não é, nem de longe, um democrata. O homem que, desde sempre, assassina jornalistas que se limitam a fazer o seu trabalho, é um assassino. O homem que encarcera os seus adversários, quando não os elimina, é um ditador torcionário. O homem que rasga os tratados internacionais que a própria Rússia assina, como o Memorando de Budapeste e o Protocolo de Minsk, está mais próximo de um vilão de qualquer dos filmes de 007 do que de um democrata. O homem que assenta o seu próprio poder e fortuna no dinheiro dos oligarcas russos, que criou e que são os seus testas de ferro na exploração das matérias-primas russas, é um ladrão. A diplomacia não lhe interessa minimamente. Pela cartilha do homem que usa as férias como arma de propaganda, projetando em fotografias ridículas o guerreiro que nunca foi, o diálogo é o exercício dos fracos.

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