Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
20 de setembro de 2018 às 05:30

Porque é importante reconduzir Joana

"Joana Marques Vidal é a melhor herdeira de José Narciso Cunha Rodrigues, que teve um papel histórico e decisivo na estruturação do Ministério Público enquanto poder autónomo e independente do poder político."

A recondução de Joana Marques Vidal explica-se por razões históricas e de competência. Não por razões políticas, como alguns querem. Quais foram, afinal, os méritos da procuradora-geral da República? Mais do que falar do caso A ou B, a necessidade de recondução explica-se pelo trabalho realizado na devolução de normalidade, previsibilidade e transparência a todo o Ministério Público e, desde logo, a departamentos vitais como o DCIAP. Joana Marques Vidal, ao nomear Amadeu Guerra para coordenador do DCIAP, acabou com a balbúrdia que por ali reinava. Os procuradores passaram a ter mais acompanhamento hierárquico, exigência, metas e prazos de trabalho. Deixou de haver averiguações preventivas com 12 anos de antiguidade, totalmente opacas e atentatórias dos mais elementares direitos dos visados. Esse passo foi muito importante num departamento que é essencial no combate a formas de crime mais organizadas, sejam elas violentas ou de colarinho branco. Basta olhar para os espectaculares resultados dos processos da ETA para perceber isso. Não é preciso olhar apenas para a Operação Marquês.

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