O Exército Nacional de Idiotas é toda a classe média, de países como o nosso, que paga proporcionalmente a maior fatura da carga fiscal porque os Rendeiros, os Canas, os Pinhos e os Sarmentos deste mundo potenciam vantagens nos paraísos fiscais.
Petros Márkaris é o melhor escritor grego contemporâneo e, a par do italiano Andrea Camilleri, falecido em 2019, um dos grandes renovadores do romance negro mediterrânico. Um e outro são herdeiros de Leonardo Sciascia, o racionalista siciliano e talentoso escritor, que nasceu há precisamente 100 anos e foi o inventor de muitas ideias sobre a gestão do poder do Estado, a hipocrisia e o jogo de sombras, produzindo a poderosa tese da sicilianização do mundo. Esta sicilianização do mundo é o que acontece quando o poder político e económico são, quase só, testas de ferro de interesses sombrios, geneticamente criminosos, que manipulam de forma sistemática as regras do Estado de direito democrático em seu proveito, seja evitando a perseguição penal, transformando largos setores do Estado em áreas de negócio exclusivas ou utilizando-o, através do direito e do poder legislativo, para branquear os seus lucros gigantescos com atividades que semeiam a morte, a desigualdade e a pobreza.
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Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
"Representa tudo o que não sei como dividir. As memórias, os rituais diários, as pequenas tradições. Posso dividir móveis e brinquedos, mas como divido os momentos em que penteava o cabelo da Ema todos os dias enquanto ela se olhava no espelho?"
No meio da negritude da actualidade política, económica e social em Portugal e no resto do Mundo, faz bem vislumbrar, mesmo que por curtos instantes, uma luz.