Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
16 de agosto de 2018 às 05:30

Duarte Lima, a primeira das prisões simbólicas

Não podemos ter uma justiça que resplandece para o arguido a partir de muitos dígitos e prende sumariamente todos os outros. Duarte Lima também representa isso. Como Isaltino, Vara, Sócrates, Salgado, Bava, Granadeiro e tantos outros “donos disto tudo” que permanecem impunes

O antigo líder do grupo parlamentar do PSD, nos governos de Cavaco Silva, há muito que chegou ao fim da linha. No plano político, isso aconteceu há uns bons 20 anos, embora, mesmo quando já era evidente que Lima não tinha condições para exercer cargos políticos, Santana Lopes o tenha recuperado para ser deputado na X legislatura, que resultou das eleições ganhas por Sócrates com maioria absoluta. Esse foi o canto do cisne político de Duarte Lima. Para trás ficava o tempo em que fora todo-poderoso na liderança da bancada do PSD durante o apogeu do cavaquismo. Ficava a influência brutal que tinha no partido e no governo, a conquista da distrital de Lisboa contra Passos Coelho e Pacheco Pereira e o controlo da distrital de Bragança como uma espécie de feudo pessoal.

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