Os grupos de influência profundamente instalados nos partidos do chamado centrão, PS e PSD e CDS, mantiveram sempre os níveis de eficácia da ação penal controlados e a uma distância respeitável. Primeiro, o crime de tráfico de influências, cuja investigação é decisiva para chegar a outros níveis de criminalidade, só entrou na legislação penal portuguesa em 1995. Depois, quando entrou, foi com uma redação que tornou virtualmente impossível a produção de prova. Resultado: uma parte da classe política enriqueceu de forma imoral, à conta da manipulação do Estado e de bens coletivos, mas isso nem era crime.

A memória e a lei do centrão

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