Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
24 de dezembro de 2019 às 05:30

A justiça negociada de António Costa

A justiça negociada tem um espaço próprio, que pode ser decisivo na afirmação do Estado de direito. Mas não deve ser um passaporte para a liberdade para milionários de toda a espécie

Em recente entrevista ao Público, António Costa manifestou a sua perplexidade por ninguém ter sido condenado no processo GES/BES, ao passo que a justiça norte-americana arrumou o caso Madoff num ápice. Tem toda a razão. Passaram mais de cinco anos do início do inquérito e é desastroso que tenha sido adiado mais uma vez. Mas Costa chega à conclusão certa a partir de um pressuposto errado. Defendendo – e bem – a necessidade de aprofundar os acordos de sentença, Costa acaba por comparar o que não é comparável.

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