Que futuro tem um País em que sistematicamente se rasgam os contratos sociais, mas há dinheiro para tudo o resto, da banca à TAP e à Efacec, sem que nos digam qual é o preço, as condições ou as implicações para os credores que somos todos nós?
Curioso como se lança de pronto a culpa para o Governo, porque os ordenados dos jovens licenciados estão em queda desde 2011 (ainda um ano de troika), quer comparativamente com os jovens não licenciados ou mesmo em termos absolutos (13% a menos). E o que andam a fazer as grandes, médias e pequenas empresas deste País? Que responsabilidade têm na economia portuguesa? Muita, porque há empresários (e empresas) que agem como autênticos predadores da riqueza, vendo nos ordenados baixos (de licenciados e não licenciados) uma forma expedita de amealharem mais algum. É esta gente sem visão de futuro que contribui, e muito, para o retrato de um País pouco produtivo e com ordenados de miséria ao nível da União Europeia. Isto ocorre no têxtil e calçado, no turismo e distribuição, nas engenharias e banca, nas consultoras e novas tecnologias. Até no Direito, pois há patronos revoltados por terem de pagar €950 a estagiários. Que futuro tem um País que ainda encara os ordenados como benesses e vê no travão destes a principal ferramenta de gestão para manter os lucros?
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Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato