Há quem não goste da independência das magistraturas e das polícias e lhe chame justicialismo. Há quem não veja que o País está farto de quem pulula em novelas com robalos e envelopes, entregas de dinheiro no WC e infantilidades na varanda.
Na justiça portuguesa existiu durante muitos anos (e ainda há uns resquícios por aí) um estado de espírito aparentemente invisível, mas com uma força tremenda. À falta de melhor classificação que certamente haverá, pode chamar-se "O Respeitinho". Foi isto que vezes sem conta imperou quando as magistraturas (e também as polícias) investigaram casos com alvos políticos. E ai se os ditos fossem uma espécie de senadores do regime, nacional ou localmente. São vários os episódios de não autorização de escutas telefónicas, quebras do sigilo bancário e fiscal, não detenções para interrogatório ou mesmo de buscas evitadas ou adiadas para ocasião oportuna e que nunca viram a luz do dia. Sim, era comum andar-se à volta do real alvo arranjando mil e uma justificações para não dar o passo seguinte ou então lá vinham as brigas entre os investigadores (MP e PJ) que acabavam por carimbar vetos de gaveta para certos processos de criminalidade económico-financeiras, inclusive visando o financiamento de partidos.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.