Há quem não goste da independência das magistraturas e das polícias e lhe chame justicialismo. Há quem não veja que o País está farto de quem pulula em novelas com robalos e envelopes, entregas de dinheiro no WC e infantilidades na varanda.
Na justiça portuguesa existiu durante muitos anos (e ainda há uns resquícios por aí) um estado de espírito aparentemente invisível, mas com uma força tremenda. À falta de melhor classificação que certamente haverá, pode chamar-se "O Respeitinho". Foi isto que vezes sem conta imperou quando as magistraturas (e também as polícias) investigaram casos com alvos políticos. E ai se os ditos fossem uma espécie de senadores do regime, nacional ou localmente. São vários os episódios de não autorização de escutas telefónicas, quebras do sigilo bancário e fiscal, não detenções para interrogatório ou mesmo de buscas evitadas ou adiadas para ocasião oportuna e que nunca viram a luz do dia. Sim, era comum andar-se à volta do real alvo arranjando mil e uma justificações para não dar o passo seguinte ou então lá vinham as brigas entre os investigadores (MP e PJ) que acabavam por carimbar vetos de gaveta para certos processos de criminalidade económico-financeiras, inclusive visando o financiamento de partidos.
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Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres