Tal como em Portugal, sabe-se que Angola nunca foi pródiga em punir os autores de crimes económicos que lavaram muitos milhões e delapidaram o país até ao tutano. Afinal, a Angola moderna fez-se pela corrupção em larga escala.
O mandado internacional das autoridades angolanas para deter Isabel dos Santos foi uma surpresa. Não porque não se esperasse, mas porque não se percebe como demorou tanto tempo. A explicação só pode assentar no respeitinho ainda reservado àqueles que foram realmente poderosos (lembram-se que também por cá o Ministério Público não quis deter Ricardo Salgado?!) e na pouca pressa de Luanda em ajustar contas com o passado. Tal como em Portugal, sabe-se que Angola nunca foi pródiga em punir os autores de crimes económicos que lavaram muitos milhões e delapidaram o país até ao tutano. Afinal, a Angola moderna fez-se pela corrupção em larga escala, tendo chegado a ter um Procurador-Geral da República que ora mandava intentar processos em Portugal, ora se tornava aliado dos suspeitos que iam sendo identificados em casos investigados pelo MP português. Sim, o mandado para apanhar Isabel demorou tempo demais, porque o caso Luanda Leaks foi tornado público há quase 35 meses. Sim, 35 meses.
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.