Sábado – Pense por si

Alberto Gonçalves
Alberto Gonçalves
21 de abril de 2015 às 08:44

Humanista? Deus me livre!

Se dispensarmos o verniz “cultural”, a Internet é pródiga em textos onde Cunhal e “Che” Guevara são classificados em função do seu gritante “humanismo”

O escritor Günter Grass cresceu nas Waffen-SS e partiu a odiar Israel. Pelo meio, escrevi aqui há nove anos, foi um renomado "pacifista", partilhou o vulgaríssimo ódio aos EUA, "compreendeu" o 11 de Setembro e defendeu, com maior ou menor empenho, inúmeras tiranias "populares". A coerência é óbvia. Na sua morte, e não só na sua morte, apelidaram-no de "consciência moral", que é o segundo epíteto mais distribuído por aí a sujeitos sem moralidade nenhuma. Ia dizer que faltou chamar-lhe "humanista", só que entretanto procurei melhor e diversos obituários recorrem ao termo.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.