Sábado – Pense por si

Ricardo Borges de Castro
Ricardo Borges de Castro Analista e Consultor
24 de janeiro de 2025 às 07:00

Trump e a “revolução do senso comum”

Vão ser precisas avultadas doses de realismo e coragem para lidar com o legítimo inquilino da Casa Branca, evitando também "normalizar" o seu discurso ou as suas ações quando elas forem contra os nossos interesses e valores fundamentais.

Visto de Bruxelas, a União Europeia seguiu com expetativa e atenção a semana que marcou o regresso de Donald Trump à Casa Branca. Na sua tomada de posse, o magnata americano prometeu a alvorada de uma "era dourada" para os norte-americanos. Criticando o seu antecessor, disse que a América seria "restaurada" e anunciou uma "revolução do senso comum." A Europa não esteve na mira do discurso do Capitólio, mas umas horas mais tarde Trump já dizia que a UE tinha de comprar mais petróleo e gás americanos se quisesse evitar "tarifas" (taxas alfandegárias) – a sua ‘política pública’ de eleição. Para além disso, uma avalanche de ‘ordens executivas’ assinadas poucas horas depois confirmava que Trump continua a rejeitar o multilateralismo. Isto, apesar de não ser novidade, é um sério aviso à Europa sobre as consequências da "revolução" que aí pode vir.

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