A pequena ora deslizava, ora saltitava, ora bamboleava, cantarolando uma Taylor Swift que não percebia, mas que alguém lhe fizera chegar. Por vezes, olhava para trás, como se nos fintasse de esguelha para nos prender mostrando-se solta. Era um "toca e foge" de quem fica por perto para sentir que é seguida. Recebia na volta tudo o que esperava: os sorrisos de umas, as caretas brincalhonas de outros, um acenar, um "que linda menina", o comentário terno entre passageiros que lhe chegava aos ouvidos ou bastava-lhe pressentir. E continuava no seu mundo, rainha daquele castelo voador, onde todos prestavam vassalagem aos puxinhos loiros da menina dos olhos azuis.