Sábado – Pense por si

Paula Cordeiro
Paula Cordeiro Especialista em comunicação
22 de maio de 2023 às 09:06

Por amor à camisola? Nem por amor

Entre casais ou na empresa, o dia-a-dia tende a minar as endorfirnas cuja explosão se vai espaçando no tempo, até acabar. E acaba quase sempre por um cansaço acumulado pelo volume de trabalho, sobreposição de tarefas, desrespeito pelos horários e tudo aquilo que se conhece e que, rapidamente, precisa terminar. O mundo mudou, o trabalho não acompanhou.

Há uma geração que está a mudar o amor mas está, sobretudo, a mudar o trabalho, ou a nossa relação com o trabalho. Amor é, talvez, a palavra da língua portuguesa de que mais gosto e a que usamos com maior cuidado, porque não tem a mesma leveza do amor inglês. Amamos panquecas ou gelados. Amamos tudo e não amamos nada. Em português amamos pessoas mas também dizemos que temos uma relação de amor com o trabalho. Eles, os mais novos do grupo dos profissionais no activo, estão a mudar tudo. Dizem que quando amamos o que fazemos, não trabalhamos um único dia das nossas vidas. E dizem que quem corre por gosto não cansa mas isso são mentiras, porque amor e trabalho, juntos, são quase sempre uma reação explosiva e a corrida, seja qual for, cansa. 

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