A sociedade organiza-se em função do consumo e, para consumir, precisamos de dinheiro. Para ter dinheiro, trabalhamos e, para ter (ainda) mais dinheiro, trabalhamos (ainda) mais, consumimos mais, numa espiral infinita
Menos do que aqueles que estão amontoados no quarto ou, pior, na zona da casa à qual chamamos quarto de brincar. Contra mim falo. Sempre dei mais brinquedos à minha filha do que os que precisaria. Sobretudo, comprei muitos em plástico e aceitei outros de duvidosa qualidade. É, muitas vezes, esta aceitação, a verdadeira questão.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso