Fica no ar o como o próprio Marcelo, com raízes familiares de Celorico de Basto, distrito de Braga, caracterizar-se-á; um lisboeta por fora e um minhoto por dentro, um turbo com pilhas escangalhadas.
Lento, é assim que a primeira figura do Estado caracteriza o antigo primeiro-ministro. A observação não é consequência de preguiça, erro neurológico ou falta de vontade para agir. O diagnóstico presidencial não indica razões físicas ou motivos psicológicos. Vai devagar, António Costa, em compasso diferente se fosse com calma, pelo facto de ser oriental. É do Oriente, Costa, relativo ao Oriente e as origens situadas ao lado do Oriente, filho de pai, o saudoso Orlando Costa, nascido em Lourenço Marques, Maputo, Moçambique e neto de goês católico. Deduz-se, então, que o avô paterno de António Costa já era lento por transmissão familiar e passou a lentidão às gerações seguintes, o que conclui que pessoas oriundas do maior dos continentes, tanto em área como em população e responsável por abrigar quase três quintos da população mundial, sofrem de lerdice. Deve ser do calor, da humidade, pode ser , quiçá, um desarranjo genético. Marcelo Rebelo de Sousa, que bebe água em repuxo com a boca e que, ao estilo vale tudo para não ver beliscada a honra política, fez questão de revelar que não fala ao filho, como forma de zarpar da encrenca das gémeas, considerou oportuno e interessante, enquanto jantava com jornalistas estrangeiros, dizer-lhes que António Costa, para além de lhe acontecer o que ocorre aos orientais, é previsível. O actual chefe do Governo, apesar de não ser oriental, é também vagaroso. Vejam só. Luís Montenegro, natural de Espinho, cidade da região norte de Portugal, Europa, arrasta os pés na aceleração. É moroso e paulatino. Lento, para ser fiel à franqueza de Marcelo Rebelo de Sousa. Há coisas incríveis.
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Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."