A forma como as instituições e as estruturas oficiais têm lidado com os protestos e vozes de contestação ao massacre palestiniano deve suscitar especial preocupação.
A menos de uma semana dos 50 anos do 25 de abril, as comemorações multiplicam-se, reforçadas por um espírito reivindicativo dos valores de Abril contra alguns movimentos e debates políticos dos últimos tempos. Porque a madrugada de 25 de abril não foi um evento isolado, mas antes o culminar de um longo caminho pela noite dentro, as celebrações têm evocado tantos outros momentos e pessoas que marcaram decisivamente a longa libertação do povo português. No passado dia 17 de abril, imbuída desse espírito, a Associação Académica de Coimbra inaugurou um mural de homenagem à crise académica de 1969, que se havia iniciado, precisamente, há 55 anos. O mural evoca Alberto Martins, que, a 17 de abril de 1969, pediu a palavra durante a cerimónia de inauguração do Edifício das Matemáticas. Perante a recusa de conceder a palavra ao então presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra, os estudantes iniciaram uma série de protestos que ficou conhecida como a crise académica de 69. Entre abril e setembro, além de manifestações massivas, os estudantes fizeram greve geral às aulas e aos exames, transformando os períodos letivos em debates sobre a democratização do ensino e da sociedade, e ocuparam os edifícios universitários. A crise terminaria com a intervenção militar na cidade, a repressão policial e a prisão dos principais dirigentes estudantis.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.