O Estado diz que terá um código de conduta. Já sabemos qual é: Se roubarem um banco, forem apanhados mas devolverem logo o dinheiro sem protestar (!!), tudo jóia. Não se passa nada
Facto 1: Rocha Andrade tem na sua lista de tarefas a resolução do diferendo entre o Estado e a Galp. Facto 2: Nesse diferendo, o Estado reclama cerca de 100 milhões de euros em impostos. Facto 3: Rocha Andrade foi à bola ao estrangeiro com despesas pagas pela Galp. Facto 4: Rocha Andrade devolveu o dinheiro das despesas à Galp, mas disse que era uma situação "normal", e que "não há conflito de interesses". O Larápio, há uns tempos fora destas lides, tinha saudades disto. Que maravilha. Vamos lá, Sr. Rocha, isto é bastante fácil. Só há 2 hipóteses: Ou há conflito de interesses, ou não há. Escolha, escolha. Fale mais alto, homem! Não há? Hmm. O Senhor representa o Estado num diferendo com uma empresa, e essa empresa pagou-lhe viagens e despesas de lazer disfarçado de "patrocinador do Euro". Isso, meu caro, é a definição clássica de conflito de interesses. Isso é água cristalina, é o teorema de Pitágoras! O sonho de qualquer professor de primária. A demonstração de algo simples, logo ali à vista de um cágado. Mas alto, o senhor fala: "Realmente o Larápio tem razão. Isto não cheira nada bem". Óptimo, senhor secretário de Estado. Então diga-me: Porque pagou então as despesas à Galp? Só paga quem é culpado. Não há conflito de interesses mas mesmo assim, o coração gigante deste senhor desceu à terra e doou uma esmola à maior empresa portuguesa. Mas parece-me que esta doação é para distrair o povo. Dar-lhe ar de penitência ligeira. Tão ligeira que não carrega culpa. Será este mais um caso de mansidão forçada? Aquela neblina que não nos deixa separar o certo do errado? Entre a inverdade e a verdade subjectiva, aquele território quentinho dos políticos tal como o é o cano de esgoto para as baratas. Mas o Sr. Rocha leva ali o presunto debaixo do braço. Alto! Este presunto teve honras de Estado! António Costa, o primeiro ministro , remete para o Sr. Rocha. Fácil. Santos Silva diz esta pérola:
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.