Bem sei. Em Portugal não é no fim de Julho que se começam colunas de opinião. Mas com a notícia desanuviadora de que Marion Le Pen decidiu juntar-se às reservas militares francesas, tudo muda de figura
Bem sei. Em Portugal não é no fim de Julho que se começam colunas de opinião. Mas com a notícia desanuviadora de que Marion Le Pen (sobrinha preferida de Marine Le Pen) decidiu juntar-se às reservas militares francesas, tudo muda de figura. Creio que em princípio isto está resolvido. O estado islâmico com bombas e AK-47, os franceses (malandros) com isso tudo mais a sua arma secreta: uma loira machista com perfume de marca e brincos de pérola. E quanto vale isso num campo de batalha?! Muito. Marion fez um exercício romântico de memória colectiva. Inspirou-se nos tempos gloriosos (?!) do império de napoleão, AHH!…essa brisa suave dos tempos em que o povo tinha fome mas ao menos lutava pelo império, pela Glória! Eu percebo, querida. Você quer que todos defendam o esplendor da pátria, que sintam o calor autoritário, o orgulho esvoaçante, aquele sentido do dever que nos faz endireitar as costas e ir para a guerra de olhos fechados (mas sem medo, claro). Todos? O Larápio tem uma pergunta: esta chamada para o alistamento imediato no exército francês vale para quem? Os muçulmanos também podem? Só se tiverem uma barba "moderada" de comprimento inferior a 5 cm a partir do queixo? Ok, registado. Ainda agora em 2014 um membro do FN comparou uma ministra a um macaco. Ai a cor, a cor. Não me parece que queiram dar os mesmos uniformes a todos. Se é uma questão de cor, tenho visto muita gente com a mesma cor dos olhos do seu caniche, e nem por isso os confundem na rua. Mas já se sabe: "não é a cor dos olhos, homem! É o da pele". Ah, muito bem. A chamada também vale para quem tenha pele mais escura que ochictom de castanho "Chamoisee Brown"? Ou é exclusivo para os mais clarinhos que o "Desert Sand"? Decidam-se! Olhe que todos estes indesejados somam 12 milhões de almas que nasceram fora ou têm pais imigrantes em França. É obra. E por enquanto, também votam.
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.