Nasce em Luanda e cresce no Lobito, onde o pai Raul trabalha. Aos 15 anos, José vai trabalhar como dactilógrafo na Robert Hudson, empresa concessionária da Ford, e facilmente se lança na equipa de futebol da firma. Com os instintos goleadores que mais tarde se tornariam conhecidos. Numa primeira fase, a nível nacional – razão pela qual se transfere para o Lusitano do Lobito
Em 1950, José Águas, com 19 anos de idade e já um benfiquista ferrenho por influência do pai, vive um dia de glória aquando da vitória do Benfica na Taça Latina, precursora da Taça dos Campeões, numa final inacreditável com o Bordéus, que durou 260 minutos. No dia seguinte, um jornal local publica o poster dessa equipa e José Águas cola-o na parede do seu quarto. Um mês depois, quando o referido poster já está amarelo de tanto sol apanhar, o Benfica chega a Angola para uma digressão de início de época. Dos 15 jogos previstos, o oitavo é o mais importante. Nem tanto pelo resultado (derrota por 3-1), mais pelos dois golos de José Águas, avançado-centro da selecção de Lobito. Ted Smith, treinador inglês do Benfica, pede-lhe então que passe pelo seu hotel para falarem sobre o futuro. O FC Porto, por telefone, convida-o para umas férias na Invicta e uns treinos na Constituição (o estádio dos portistas), ao que este responde, timidamente, com um "amanhã, respondo!" O amanhã nunca mais chega. Para o FC Porto, pelo menos. Para o Benfica, o amanhã significa a descoberta de mais um fenómeno da África colonial. Ponta-de-lança elegante e clássico, faz do jogo de cabeça a sua grande arma. E larga tudo para vestir a camisola do Benfica no resto da digressão. Nos três jogos seguintes, seis golos, incluindo um hat-trick na estreia, com a selecção do Huíla-Lubango.
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.