Legislamos e planeamos o insustentável. Esta semana a Ministra do Mar apresentou-nos o novo regime jurídico relativo à instalação e exploração de estabelecimentos de aquicultura. O governo quer direccionar 80 milhões de euros para duplicar, ou até triplicar, a produção do sector até 2020. Alertámos para a insustentabilidade desta prática, sob qualquer regime de produção, com dados simples e claros: dependendo da espécie criada, são necessários 3 a 20kg de pescado selvagem para produzir apenas 1kg de peixe em aquicultura. E que ração será esta? Processado de polpa industrial de pescado. E mesmo que se opte por rações à base de cereais, estamos a reforçar a dependência de um bem cuja importação é de 90%, sendo a sua maioria de origem transgénica. É certo que não abordamos a produção de algas mas não é aí que reside o cavalo de tróia.

Aquicultura nos Açores, consenso político e apoio privado

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