Sonho de Natal
Ana Rita Cavaco Bastonária da Ordem dos Enfermeiros
31 de dezembro de 2022

Sonho de Natal

Quando o primeiro-ministro garante que ninguém fica para trás, esquece-se dos milhares de portugueses que aguardam por uma cirurgia já fora do tempo de espera clinicamente aceitável; esquece-se dos atrasos crónicos na justiça que congelam vidas e verdades.

Uma coisa é andar com sono, outra é querer adormecer um País inteiro. António Costa diz que precisa de dormir, mas eu diria que está na hora de acordar. O sonho de Natal que quis vender aos portugueses estava bem escrito, lido no tom certo e com um poder comunicacional indiscutível. Tudo certo, não fosse António Costa primeiro-ministro de Portugal e aquele país que pintou não existir. Já não é uma questão de otimismo irritante, como lhe chamou o Presidente da República, é apenas negação ou uma tentativa desesperada de nos arrastar para o seu sono cada vez mais profundo.

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