Os pais do miúdo português preferem manter o anonimato. Não querem que na escola o apontem como “a criança que esteve quase a morrer”
Emily Whitead, cuja foto está na capa, tornou-se o rosto mais visível do êxito da nova terapêutica capaz de liquidar um cancro específico em jovens. A revistaTime, ao falar do assunto, arriscou o termo "miraculoso", pouco condizente com avanços científicos. Pelo menos uma vez por ano, Emily aparece a anunciar que ficou mais 12 meses livre da doença. A repórter Lucília Galha encontrou o miúdo português que este ano ficou na mesma situação de Emily – sem sinais do cancro –, depois de quatro anos de combates perdidos. Ao contrário da norte-americana, os pais não quiseram identificar-se. Explicaram à jornalista que, apesar de ele já ter 10 anos, não tem bem a noção do que lhe aconteceu. Os pais também não querem que na escola que agora começou a frequentar o apontem como "a criança que esteve quase a morrer". Mas admitiram: um dia, quando ele crescer, gostavam que contasse a sua história. Também entrevistámos o "paciente nº 1", o avô também norte -americano com o 11º neto a caminho e a quem este tratamento já proporcionou sete anos de vida. Quando lhe perguntámos se queria que lhe enviássemos o artigo para ler, mesmo em português, a resposta revelou aquilo que está presente em todo este trabalho: esperança. "Talvez um dia aprenda a língua. Coisas mais estranhas já aconteceram na minha vida por isso nunca se sabe!"
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Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."