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Nuno Tiago Pinto
03.02.2021

Devolver a esperança

Contamos como o testemunho de um casal que perdeu tudo com a pandemia desencadeou uma onda de solidariedade que lhes devolveu a esperança. E mostramos como alguns dos infetados com a Covid-19 vivem com as suas sequelas.

Na última edição, a jornalista Sónia Bento contou a história de Sofia e Paulo, um casal com três filhos que perdeu tudo com a pandemia – os empregos, a casa, as poupanças – e vivia há vários meses num parque de campismo. Na entrevista que deu àSÁBADO, Sofia chorou muito. Dizia ter perdido a esperança. Felizmente, os leitores decidiram devolver-lha. Desde quinta-feira que a Sónia Bento não parou de receber emails e telefonemas de pessoas empenhadas em ajudar o casal. Mas foi nas redes sociais que a solidariedade ganhou fulgor. Primeiro foi Nuno Markl que publicou no Instagram um apelo para ajudar a família. Nesse dia, Paulo recebeu uma oferta de emprego. Depois foi Bruno Nogueira que, através da jornalista, contactou o casal e, nessa noite, divulgou o IBAN de Sofia em Como é que o Bicho Mexe para quem quisesse ajudar. Muitos fizeram-no. E já esta segunda-feira, Sofia foi à televisão onde, em direto, um empresário lhes ofereceu uma casa de madeira. Menos de uma hora depois, cederam-lhes um terreno no Montijo. Enquanto falava novamente com a Sónia Bento para contar o turbilhão dos últimos dias, Sofia voltou a chorar. Agora de felicidade.

A incerteza
Enquanto escrevia o artigo sobre as sequelas de longo prazo da Covid-19, a coisa que mais impressionou a jornalista Lucília Galha foi a sensação de incerteza com que vivem aqueles que foram infetados, sobre se alguma vez vão voltar a ser aquilo que eram antes de terem o vírus. Coisas tão simples como poderem correr sem sentir falta de ar ou mesmo pegar num simples secador para o cabelo. Tal como diz Sandra Santos, 10 meses depois de ser infetada, "eu não estou normal".

Máscara no envelope
Para garantir a distância de segurança, a entrevista da subeditora Sara Capelo à provedora de justiça decorreu numa enorme sala de reuniões, a mesma em que estiveram as centenas de processos de indemnizações às vítimas dos incêndios de 2017. Maria Lúcia Amaral chegou de máscara posta, com alguns apontamentos e um envelope vazio. Para que seria? Para guardar a máscara que retirou para fazer o depoimento em vídeo.

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