A PIDE e os judeus
Esta semana, destacamos as histórias dos judeus perseguidos pela PIDE nos anos 30 e 40; a entrevista à gestora de topo Luisa Delgado; a reportagem no Parque Natural Sintra-Cascais, que parece ameaçado pelo betão; e a experiência das refeições com algas.
Para fazer o artigo de capa desta edição, o jornalista Marco Alves passou semanas a consultar o arquivo da PIDE para procurar judeus que tenham sido perseguidos pelo regime e pela polícia política. Nos anos 30 e 40, eram chamados "indesejáveis". O Estado Novo não os queria cá e fez tudo ao seu alcance para os localizar, apanhar, prender, expulsar ou expatriar. Depois da II Guerra, a comunidade judaica regressou ao habitual anonimato e discrição. Se houve algo parecido com uma questão judaica em Portugal, aconteceu naquela década e meia. Nesta edição, pode ler casos desses judeus perseguidos e dos portugueses que os ajudaram.
Um paraíso ameaçado
Entre o Guincho e o Cabo da Roca, no Parque Natural Sintra-Cascais, os moradores andam alarmados com as obras de legalidade suspeita e os agentes imobiliários no terreno. As jornalistas Raquel Lito e Mariline Alves estiveram no local, acompanhadas pelos moradores Peter Maia e Jorge Delgado, que revelaram atentados urbanísticos. A conversa nem sempre foi fácil, devido ao vento forte, e as explicações mais detalhadas surgiram com a troca de emails e telefonemas – para se perceber como está ameaçado o sossego e a sustentabilidade ambiental da Biscaia, uma povoação com 20 casas.
Uma gestora de topo
Com quase 30 anos de gestão executiva em setores tão diferentes como o retalho alimentar, os brinquedos ou os produtos de luxo, em empresas de nove países (IKEA, Barclays ou Dia), Luisa Delgado revelou estar muito familiarizada com as exigências de uma boa fotografia para uma revista. De origem suíça, o seu português é perfeito com um pequeno sotaque, mas ao longo da conversa com a jornalista Helena Garrido vai dizendo palavras em inglês ou alemão – estudou na Escola Alemã.
Algas ao jantar? Sim, e resultou
A jornalista Andreia Costa foi cozinhar algas, ao que parece uma das tendências de 2021. Usou-as em sopas, saladas, noodles de peru ou folhados de frango. Decidiu até arriscar num jantar que preparou para uns amigos em sua casa. Ficou em pânico com as caretas que fizeram ao saberem desse ingrediente, mas descansou com a reação deles ao provarem as entradas (peixinhos do mar, uma espécie de peixinhos da horta com algas) – e não é que adoraram, elogiando o sabor crocante? Em Portugal, já há empresas que apostam na criação em aquacultura ou na apanha ao natural, da Galiza ao Algarve. A nível mundial, em 2020 as algas de aquacultura renderam €224 mil milhões.
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