Vlogger Ruby Franke condenada a pena máxima por maltratar os filhos
A antiga influencer, mãe de seis filhos, foi condenada por abuso infantil agravado. Em 2015, criou um canal de Youtube, onde publicava vídeos a aconselhar outros pais.
A antiga vloggernorte-americana Ruby Franke, que dava conselhos parentais num canal do Youtube, foi condenada a quatro penas, de um a 15 anos de prisão cada, na passada terça-feira, 20 de fevereiro.
A mãe, de seis filhos, foi acusada de abuso infantil agravado, tal como Jodi Hildebrandt, antiga sócia de Franke e dona de uma empresa de aconselhamento, que também recebeu a mesma sentença.
Rudy Franke, de 42 anos, era dona do canal "8 Passengers", que hoje em dia já não existe, mas chegou a somar 2,3 milhões de seguidores no Youtube. Os vídeos publicados serviam para dar conselhos a outros pais.
Franke foi detida na cidade de Ivins, no estado de Utah, nos EUA, em agosto do ano passado, depois do filho de 12 anos, desnutrido, se ter atirado de uma janela de casa de Jodi Hildebrandt, para pedir comida a uma vizinha.
Após a detenção, outra das filhas de Franke também foi encontrada na casa da antiga sócia em condições de má nutrição, noticiou o jornalThe Guardian. As duas mulheres colaboravam em vídeos para a rede social. De acordo com a BBC, durante um acordo de confissão, Hildebrandt chegou a afirmar que tinha conhecimento dos abusos e que obrigou uma das filhas de Franke a "saltar várias vezes para um cato".
"As crianças eram regularmente privadas de comida, água, camas para dormir e praticamente todas as formas de entretenimento", disse o procurador Eric Clarke, em declarações ao tribunal.
Ruby Franke pediu desculpa aos filhos durante a sessão e afirmou, citada pela BBC: "Fui levada a acreditar que este mundo era um lugar mau, cheio de polícias que controlam, hospitais que ferem, agências governamentais que fazem lavagem cerebral, líderes da igreja que mentem e cobiçam, maridos que se recusam a proteger e crianças que precisam de ser maltratadas".
"Estava tão desorientada que acreditava que o escuro era claro e o certo era errado", acrescentou.
O canal de Youtube foi criado em 2015 e servia para partilhar as rotinas da família de Franke. No entanto, cinco anos depois alguns utilizadores começaram a desconfiar de situações de abuso, após um dos filhos de Franke ter mencionado que foi obrigado a dormir num saco de feijão durante seis meses.
As sentenças, aplicadas às duas mulheres envolvidas no caso, correspondem à pena máxima para cada acusação, segundo a lei do estado de Utah.
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