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Trump confirma morte do líder do Estado Islâmico

27 de outubro de 2019 às 13:32

Al-Baghdadi foi morto numa operação militar dos EUA na Síria. Esta é a mais importante operação a visar um líder extremista desde a morte em 2011 de Bin Laden.

Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico, foi morto este sábado numa operação militar dos EUA na Síria. O que os meios de comunicação norte-americanos avançavam já como uma forte possibilidade foi confirmado este domingo pelo presidente dos EUA. "Al-Baghdadi está morto", garantiu Donald Trump.

"Abu Bakr al-Baghdadi está morto", disse Trump numa comunicação ao país na Casa Branca. O presidente norte-americano disse que o líder do grupo jihadista se escondeu num túnel durante a operação militar e detonou um colete de explosivos. Três dos seus filhos também morreram.

"Morreu como um cão", disse Trump. "Morreu como um cobarde, a fugir e a chorar". De acordo com o presidente dos EUA, um "grande número" de combatentes do Estado Islâmico morreu na operação.

Donald Trump agradeceu ainda à Rússia, à Turquia, à Síria, ao Iraque e aos curdos.

Este domingo as cadeias de televisão CNN e ABC e o jornal Washington Post, que citavam altos responsáveis norte-americanos, avançavam que Abu Bakr al-Baghdadi teria morrido numa operação militar dos EUA no nordeste da Síria.

Na noite de sábado Donald Trump tinha publicado no Twitter uma mensagem que estaria relacionada com a morte de al-Baghdadi. "Algo enorme acabou de acontecer!", escreveu o líder norte-americano.

A organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos disse ter detetado no sábado à noite um ataque militar, perpetrado por um esquadrão de oito helicópteros e um avião de guerra da coligação internacional, contra posições de um grupo com ligações à al-Qaida, o Hurras al-Deen, na zona de Barisha, no norte da cidade de Idlib, capital da província com o mesmo nome.

Segundo o Observatório, os helicópteros dispararam intensamente contra alvos do Estado Islâmico durante cerca de 120 minutos e foram visados por disparos dos jihadistas.

Esta é a mais importante operação a visar um líder extremista desde a morte a 2 de maio de 2011 de Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, às mãos das forças especiais norte-americanas, no Paquistão.

O regime sírio e o seu aliado russo aceleraram o envio de tropas para a fronteira sírio-turca, enquanto os norte-americanos anunciaram o reforço militar numa zona de petróleo mais a leste, sob controlo curdo.

A morte de al-Baghdadi representa um êxito importante de política externa para Trump, numa altura em que o presidente norte-americano enfrenta fortes críticas pela decisão de retirar as tropas norte-americanas do nordeste da Síria.

A retirada, argumentam muitos críticos, pode permitir ao grupo jihadista reagrupar-se e recuperar território que tinha perdido.

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