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Senadores acham demissão do chefe do FBI um "grave erro"

10 de maio de 2017 às 07:44

O chefe dos democratas no Senado, Chuck Schumer, fez várias críticas à decisão de Donald Trump

O chefe dos democratas no Senado, Chuck Schumer, classificou a demissão surpresa do director da polícia federal (FBI), James Comey, por Donald Trump, como um "grave erro".

Durante uma conferência de imprensa no Capitólio, Schumer apelou à nomeação de um magistrado independente para liderar o inquérito a uma eventual coordenação entre a equipa de campanha eleitoral de Trump e a Federação Russa em 2016, inquérito que está a ser feito pelo FBI.

Eleito pelo Estado de Nova Iorque, Schumer, que disse à imprensa que tinha recebido um telefonema de Trump, questionou a razão pela qual a demissão tinha ocorrido na terça-feira e questionou se as investigações sobre as possíveis ligações entre a campanha eleitoral de Trump e a Rússia não estão a "ficar demasiado perto para o Presidente", referindo-se a Trump.

No mesmo sentido, outro senador, o republicano John McCain, defendeu que o Congresso deveria criar uma comissão especial para investigar a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.

Este senador, pelo Estado do Arizona, lembrou que há muito que defende uma comissão especial do Congresso para investigar a interferência russa e acentuou que a decisão de Trump de demitir Comey "apenas confirma a necessidade e a urgência de tal comissão". McCain confessou-se desapontado pela decisão de Trump e classificou Comey como um homem íntegro e de honra, que liderou bem o FBI em circunstâncias extraordinárias.

Um segundo senador republicano, Bob Corker, do Estado do Tennessee, considerou que a demissão de Comey "levanta questões" e disse que "é essencial que as investigações em curso sejam livres de interferências políticas até à sua conclusão".

Também o vice-presidente da comissão senatorial das Informações se pronunciou sobre o caso, considerando "chocante" e profundamente perturbador a demissão do chefe do FBI.

Este senador, Mark Warner, eleito pelo Estado da Virgínia, defendeu estas considerações por a demissão acontecer durante uma investigação em curso do FBI sobre eventuais contactos impróprios entre a campanha eleitoral de Trump e agentes russos.

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