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Rússia desconfia de abertura de Zelensky a eleições na Ucrânia

Lusa 12 de dezembro de 2025 às 11:34

Líder ucraniano disse esta semana estar disposto a modificar a legislação ucraniana para permitir eleições antes do fim da guerra.

A Federação Russa acusou esta sexta-feira o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de só admitir a hipótese de convocar eleições, como exigido por Estados Unidos da América (EUA) e Rússia, para alcançar um cessar-fogo.
Yuri Ushakov, assessor de política internacional do Kremlin AP
"Não se pode descartar a possibilidade de que ele (Zelensky) veja isso (eleições), simplesmente, como uma forma de alcançar um cessar-fogo. Só isso", disse o assessor de política internacional do Kremlin, Yuri Ushakov, à cadeia russa RT. Moscovo negou esta semana uma eventual trégua nos mútuos ataques com drones a infraestruturas de produção e distribuição de energia, num conflito formalmente iniciado em 24 de fevereiro de 2022, com a invasão da Ucrânia por tropas russas. "Estamos a trabalhar para a Paz, não para uma trégua", o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov. A Rússia recusa-se a declarar um cessar-fogo, argumentando que isso apenas serviria para a Ucrânia ter tempo para se rearmar e reforçar posicionamentos táticos nos diversos campos de batalha. Em novembro, o presidente russo, Vladimir Putin, frisou que, "é praticamente impossível, impossível do ponto de vista jurídico", chegar a acordo com Kiev, porque, argumentou, Zelensky perdeu "legitimidade" ao não convocar eleições quando o seu mandato expirou, em maio de 2024, ao do que se passou na Rússia. Zelensky disse esta semana estar disposto a modificar a legislação ucraniana para permitir eleições antes do fim da guerra, mas pediu garantias de segurança aos EUA e restantes aliados europeus. O líder ucraniano reconheceu que a única maneira de a Rússia aceitar um cessar-fogo é se o acordo-quadro de Paz, apoiado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, for mesmo assinado. Ushakov também sublinhou que a Rússia ainda não recebeu a versão modificada pelos mediadores europeus do plano de Paz para a região gizado pelos EUA, acrescentado que "haverá muita coisa" de que o Kremlin não vai gostar.
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