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Robert F. Kennedy Jr. confirmado como secretário da Saúde dos EUA

Diogo Barreto 13 de fevereiro de 2025 às 17:27

Robert F. Kennedy Jr. já mostrou dúvidas sobre a eficácia e utilidade das vacinas várias vezes. Mas na inquirição do Senado moderou o seu tom crítico.

O Senado norte-americano votou favoravelmente a que Robert F. Kennedy Jr. seja indigitado como secretário da Saúde da administração de Donald Trump, apesar de todas as vezes em que se mostrou cético relativamente à utilidade de várias vacinas.

REUTERS/Thomas Machowicz

A câmara alta do Congresso dos Estados Unidos, controlada pelos republicanos, aprovou por uma margem quatro votos (52 votos a favor e 48 votos contra), a nomeação do sobrinho do antigo presidente John Fitzgerald Kennedy. Apenas um republicano votou contra a nomeação.

Kennedy Jr., conhecido pelas suas teorias da conspiração sobre as vacinas, foi nomeado por Trump a 14 de novembro, pouco mais de uma semana depois das eleições presidenciais.

Robert Francis Kennedy Junior, de 71 anos, é, além de sobrinho de JFK, filho do antigo procurador-geral dos Estados Unidos Robert 'Bobby' F. Kennedy, também ele assassinado na década de 1960, mas o clã Kennedy, historicamente democrata, afastou-se dele por causa da sua proximidade com Trump.

Em abril de 2023, antes de dar o seu apoio ao então candidato presidencial republicano, apresentou-se como a alternativa ao então Presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden (2021-2025), e anunciou as suas aspirações a ser o candidato do Partido Democrata, mas em outubro do mesmo ano abandonou o partido para se candidatar como independente e depois acabou por se retirar da corrida presidencial e juntar-se à campanha de Trump.

A sua escolha como secretário da Saúde foi questionada e juntou-se à polémica lista que compunha o executivo de Trump, com o dono da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk, como chefe do Departamento de Eficiência Governamental; o apresentador da Fox News Pete Hegseth como secretário da Defesa, ou o legislador Matt Gaetz como Procurador-Geral, que acabou por demitir-se devido a escândalos sexuais.

Na sua audiência de confirmação no Senado, a 29 de janeiro, Kennedy Jr. negou ser antivacinas, apesar de ter anteriormente defendido que nenhuma delas é segura.

Em concreto, disse apoiar a administração de vacinas contra o sarampo e a poliomielite, afirmando: "Nada farei, como secretário da Saúde, que dificulte ou desencoraje as pessoas de tomar qualquer uma dessas vacinas".

Com Lusa

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