Primeiro-ministro italiano quer refundar Europa
Com Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, Matteo Renzi promove hoje uma míni-cimeira hoje na ilha italiana de Ventotene
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou hoje que a União Europeia vai precisar de se refundar, depois da vitória dos partidários da saída do Reino Unido da UE (Brexit) no referendo realizado em junho.
"É fácil culpar a Europa de tudo. Mais difícil é tentar construir uma Europa diferente, que dê mais atenção aos valores e menos à alta finança", escreveu Renzi na sua página no 'Facebook', explicando por que convidou a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, para uma míni-cimeira hoje na ilha italiana de Ventotene.
"É isso que estamos a tentar fazer com toda a energia que temos", acrescentou.
As perspectivas económicas da UE, os ataques 'jihadistas', a crise de refugiados e migrantes, a guerra na Síria e as relações com a Rússia e com a Turquia estão, além do Brexit, na agenda do encontro entre os três dirigentes.
Renzi, Merkel e Hollande vão tentar chegar a uma posição comum, com vista à cimeira informal europeia de Bratislava, onde vai ser debatido o futuro da UE a 27.
O primeiro-ministro italiano admitiu que a saída do Reino Unido do bloco coloca desafios difíceis à UE.
"Confrontados com problemas, temos uma escolha: encontrar um culpado ou encontrar uma solução", escreveu.
"Estamos a trabalhar para resolver os problemas. E isso significa que queremos uma Europa pós-Brexit, que foi atingida no coração pelo terrorismo, que relance um ideal baseado na unidade e na paz, na liberdade e no sonho, no diálogo e na identidade", acrescentou.
Renzi deverá receber Hollande e Merkel em Nápoles cerca das 14:00 TMG (15:00 em Lisboa), seguindo depois para Ventotene, onde visitarão o túmulo de Altero Spinelli, considerado um dos fundadores do ideal da integração europeia.
A reunião de hoje é a segunda entre os três dirigentes desde o referendo britânico de 23 de junho. Na primeira, realizada dias depois da consulta, Renzi, Merkel e Hollande apelaram para "um novo impulso" na UE.
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