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Polícia brasileira identificou um dos suspeitos do roubo de obras de Matisse e Portinari

Lusa 08 de dezembro de 2025 às 16:45

Os dois assaltantes armados entraram na biblioteca, dominaram um segurança e dois visitantes que se encontravam na exposição no momento, tendo roubado oito gravuras do pintor francês Henri Matisse e cinco do brasileiro Candido Portinari, e fugiram pela entrada principal.

A polícia brasileira anunciou esta segunda-feira ter identificado um dos alegados autores do roubo de 13 obras de arte de Henri Matisse e Candido Portinari, ocorrido no domingo, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, em São Paulo.
Foram roubados 13 quadros na Biblioteca Mário de Andrade Frame/Metropoles
As autoridades localizaram e apreenderam ainda a viatura utilizada na fuga após o roubo, na qual participaram dois homens, um dos quais permanece por identificar, segundo um comunicado da Polícia Civil de São Paulo. Os dois assaltantes armados entraram na biblioteca, dominaram um segurança e dois visitantes que se encontravam na exposição no momento, tendo roubado oito gravuras do pintor francês Henri Matisse e cinco do brasileiro Candido Portinari, e fugiram pela entrada principal. A fuga dos ladrões ficou registada pelas câmaras do sistema de segurança urbana da cidade, o que permitiu localizar o veículo. A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa assegurou, num comunicado citado por vários meios, que “o local dispõe de equipa de vigilância e sistema de câmaras de segurança”, estando “todo o material que possa servir à investigação” a ser passado às autoridades policiais. As autoridades não divulgaram detalhes sobre as obras de Matisse (1869-1954) e Portinari (1903-1962) que foram roubadas. As gravuras de Henri Matisse e Candido Portinari integravam a exposição “Do livro ao museu: MAM [Museu de Arte Moderna] São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”, inaugurada em 04 de outubro e que estava patente até domingo. De acordo com informação disponível no sítio na Internet do MAM de São Paulo, a mostra integrava maioritariamente obras das décadas de 1949 e 1950, “período de sedimentação da arte moderna e de espaços a esta dedicados”, além de “uma seleção criteriosa de livros adquiridos a fim de representar a produção moderna na coleção da Biblioteca Mário de Andrade nesse período”. A exposição incluía “obras raras e importantes, como ‘Jazz’, de Henri Matisse, ou ‘Cirque’, de Fernand Léger, exemplares de grande relevância que colocaram artistas e investigadores brasileiros em contacto com a produção modernista europeia”. “Jazz” é apresentada no catálogo da exposição como “uma obra expoente” da produção artística tardia do artista francês. “Matisse iniciou o livro em 1943, quando já tinha a mobilidade reduzida após procedimentos médicos, o que o levou a ‘pintar com a tesoura’”, lê-se no catálogo, disponível ‘online’. De Candido Portinari, integravam a exposição ilustrações criadas para uma edição de luxo de “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, e para uma edição especial de “Menino de engenho”, de José Lins do Rego.
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